segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Penicilina

               
                   Vocês já pararam para pensar como a expectativa de vida aumento e como ? Bom o uso e os descobrimentos de certos medicamentos facilitaram isso, como no caso da Penicilina um antibiótico sintético que serve para tratar diversas infecções causadas por bactérias. Vejamos então como foi descoberto, sintetizado e quais são os compostos presentes nesta molécula.


Em 1928, havia um médico farmacologista que estudava as bactérias, uma dela era a  Staphylococcus aureus principal responsável pela formação de pus em feridas provocadas por armas de fogo. Alexander Fleming era um bacteriologista que acidentalmente deixou suas placas encima da bancada com esta bactéria, em seu laboratório enquanto saiu de férias. Quando voltou algo muito interessante chamou sua atenção percebeu que um fungo tinha contaminado suas placas e onde este fungo estava presente as bactérias haviam morrido. Ele então começou a estudar sobre este tal fungo , isolou o fungo em outras placas, descobriu que o gênero desse fungo era penicillium, e que mais tarde recebeu o nome de Penicilium notatum o qual sintetizava alguma substância com ação bactericida, iniciando uma busca sobre linhagens e sensibilidade desta substância.


----------->



Na primeira guerra mundial ( 1914-1918 ), muitos morreram por infecções, então somente 12 anos depois era de extrema importância o trabalho de Fleming, dois cientistas Florey e Chain, conseguiram desenvolver uma técnica que permitia a produção da penicilina, pois Fleming descobriu que o composto ativo da penicilina poderia ser  diluído 800 vezes e ainda continuava ativado, sendo uma substância ideal e recebeu o incentivo financeiro. Assim uma revolução na medicina a era dos antibióticos, com o final da guerra pesquisas foram impulsionadas para que pudessem chegar aos dias atuais com antibióticos semissintéticos. Então em 1939, foi isolada a penicilina, mas somente em 1946, foi determinada sua estrutura e sua síntese só foi completada em 1957.




A penicilina é um antibiótico que serve para tratar diversas infecções causadas por bactérias. A penicilina combate vários tipos de bactérias incluindo aquelas que causam infecção de garganta, ouvido, urina, pele, intestinal, sinusite, meningite, pneumonia, febre reumática, infecções sistêmicas que atingem o sangue. Também usada no tratamento de DST, como a sífilis, entre outras. E no prevenção endocardite infecciosa. A penicilina tem sua ação antibiótica porque inibe a síntese da parede celular bacteriana, assim ocorrendo a perda de estrutura e proteção e estabilidade da bactéria , no qual temos a ruptura da membrana plasmática.
Vejamos então os compostos que compõem a molécula de penicilina.



A- anel tiazolidínico
B- anel betalactâmico
R- cadeia lateral


O grupo das penicilinas possui em sua estrutura química o ácido 6-aminopenicilânico (6-APA) e, em sua cadeia lateral, o grupo 6-amino. Podemos então ver o núcleo penicilínico ou anel beta lactâmico, este é o principal responsável pela ação antimicrobiana.
A penicilina mais conhecida é a Benzetacil® (Penicilina Benzatina) que é usada na forma de injeção intramuscular geralmente nas nádegas. Mas há outras variações da penicilina como a Penicilina G cristalina, Penicilina Procaína, Ampicilina, Amoxicilina, Oxacilina, etc.
A penicilina, assim como outros antibióticos, só deve ser usada com indicação e receita médica e durante o período completo indicado pelo médico.

Referências:

FERREIRA, Fabricio Alves. "Fleming e a Penicilina"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/biologia/fleming-penicilina.htm>. Acesso em 03 de outubro de 2016.

B-Lactam Antibiotics. The background to their use as therapeutic agents by Prof. M. H. Richmond.Department of Bacteriology - University of Bristol, University Walk. Bristol, England.

Nossa capa: Alexander Fleming e a descoberta da penicilina. J. Bras. Patol. Med. Lab.,  Rio de Janeiro ,  v. 45, n. 5, p. I, Oct.  2009 .

RM, Daza Pérez. Resistencia bacteriana a antimicrobianos: su importancia en la toma de decisiones en la práctica diaria. 1998.

Nenhum comentário:

Postar um comentário